quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Planos Econômicos: STF decide hoje da responsabilidade dos bancos sobre créditos não creditados nas poupanças

O STF dará a última palavra hoje, 27/11/2013, sobre a responsabilidade dos bancos em devolver o que deixou de creditar nas poupanças na época dos Planos Econômicos. Os poupadores aguardam por mais de 20 anos por um desfecho positivo para quem foi prejudicado pelos bancos.
 
Idec realiza estudo com a composição do potencial máximo de pagamento, pelos bancos para o pagamento dos expurgos das cadernetas de poupança. O valor é bem menor que o apresentado pelo Banco Central, chegando ao máximo de R$ 8.465.535. Economistas e advogados do Idec apuraram, que o valor estimado de R$ 150 bilhões divulgado pelo Banco Central como risco potencial dos bancos desconsidera a atual realidade das ações que versam sobre os planos econômicos que serão julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quarta-feira (27/11). Esta cifra imaginária não leva em consideração o andamento processual de todas as ações que correram na justiça nos últimos vinte anos, além de equivocar-se ao defender que tal montante seria pago de uma única vez pelo sistema financeiro. “É como se os todos os bancos fossem devolver, de forma espontânea, todas as perdas aos poupadores, com todos os planos ou, alternativamente, que todos os poupadores buscassem a Justiça e ganhassem todas as ações judiciais por eles propostas de uma única vez” avalia a presidente do Conselho Diretor do Idec, Marilena Lazzarini.
 
A conta da realidade
 
Do valor de R$ 150 bilhões, R$ 81,2 bilhões correspondem ao Plano Collor, que possui jurisprudência amplamente desfavorável ao poupador, inclusive no STF, não podendo ser incluído na discussão de perdas “potenciais” dos bancos.
 
A luta do Idec

Ontem, 25/11, o Instituto enviou carta a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e Alexandre Tombini, presidente do BC, repudiando posicionamento do governo favorável aos bancos. No mesmo dia, encaminhou carta aos ministros do STF, pedindo que não aceitem a ameaça do governo com números irreais e não permitam que seja destruída a confiança dos cidadãos na poupança popular. E hoje, 26/11, o Idec lança nova campanha, endereçada à presidente Dilma, ao Mantega e Tombini, por meio de abaixo-assinado, na plataforma Change.org.

Leia na íntegra: IDEC

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